novembro 16, 2024 2:37 PM

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24 de março de 1882. Não… não erramos! Esta foi a data em que o médico Robert Koch anunciou o descobrimento do bacilo responsável pela tuberculose. A Organização Mundial da Saúde (OMS) criou, em 1982, o Dia Mundial de Combate à Tuberculose em homenagem aos 100 anos do anúncio de tão importante descoberta pelo bacteriologista alemão.

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta gravemente os pulmões. Anualmente são notificados cerca de 6 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito. Cada paciente com tuberculose pulmonar que não se trata, pode infectar em média 10 a 15 pessoas por ano. Alguns fatores contribuem para a disseminação da doença, tais como a pobreza e má distribuição de renda, a AIDS, a desnutrição, as más condições sanitárias e alta densidade populacional.

O Brasil ocupa, tristemente, o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por (pasmem) 80% do total de casos de tuberculose no mundo. Embora nos últimos anos, a tuberculose apresentou queda de 38,7% na taxa de incidência e 33,6% na taxa de mortalidade. A boa notícia fica por conta de que há uma tendência de queda em ambos os indicadores.

Aqui na cidade São Paulo, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde, os serviços de diagnósticos e tratamento oferecidos pela Rede Municipal de Saúde tem resultados muito satisfatórios: 75% dos pacientes que ingressam na Rede com novos casos conseguem a alcançar a cura. Tudo graças ao esforço em adotar estratégias recomendadas pela OMS para assegurar que os pacientes completem o ciclo de combate à doença.

O processo é supervisionado por profissionais das unidades básicas de saúde (UBS). Com isso, a taxa de abandono apresentou queda segundo levantamento da SMS. Em 2006, 17,6% dos doentes deixaram de tomar medicamentos e comparecer às consultas médicas após o desaparecimento dos sintomas mais graves. Em 2014, o índice caiu para 14,3%.

Entre as ações implementadas, e que permitem a fidelidade dos pacientes ao tratamento, estão medidas de incentivo ao tratamento, como a entrega de cestas básicas, o que garante o reforço alimentar, e de bilhetes de transporte, para que a frequência às consultas e exames não sejam interrompidos.

Em 2015 foram distribuídos 3.103 Bilhetes Únicos com capacidade de seis deslocamentos/bilhete (18.618 deslocamentos) e 24.612 cestas básicas. “Com o engajamento dos profissionais da saúde (médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários) e mais estes benefícios, houve queda também no índice de abandono de tratamento nos últimos anos”, enfatiza Naomi Kawaoka Komatsu, coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose no Município de São Paulo.

Tuberculose: sinais e sintomas

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões. Mas você sabia que a tuberculose também pode acometer outros órgãos como rins, meninges (membranas que envolvem o cérebro) e ossos?

São mais propensos a contrair a doença pessoas com AIDS , alcoólatras, dependentes de drogas, fumantes, idosos doentes, pessoas com diabetes, desnutridas e com insuficiência renal crônica.

É preciso ficar de olho nos sintomas:

Mas… atenção!!! Algumas pessoas não exibem nenhum indício da doença. Outras podem apresentar sintomas leves, neste caso pode se confundir com uma gripe, mas com o passar do tempo, sem que a pessoa saiba que está infectada, os sintomas evoluem e durante este processo acaba infectando outras pessoas. A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotículas de saliva que podem ser aspiradas por outro indivíduo.

Tuberculose: prevenção e tratamento

O tratamento deve ser feito por um período mínimo de 6 meses, diariamente e sem nenhuma interrupção. O tratamento só termina quando o médico confirmar a cura total do paciente.

A vacina BCG é obrigatória para menores de um ano, pois protege as crianças contra as formas mais graves da doença. A melhor forma de prevenir a transmissão da doença é fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível. Com 15 dias após iniciado o tratamento, a pessoa já não transmite mais a doença.

O Município de São Paulo possui sete laboratórios municipais que realizam o teste rápido. No total, são 14 equipamentos. Há outros cinco laboratórios (Emílio Ribas, Santa Casa, UNIFESP, Hospital das Clínicas e Centro de Referência em DST/Aids do Estado) que também realizam o teste.

 O Município iniciou o teste rápido em setembro de 2014. Até dezembro do mesmo ano, foram realizados 12.199 testes no Município de São Paulo. Em 2015 foram 72.278.

 O teste permite que o resultado saia em duas horas. Além disso, é possível saber se o paciente é resistente à medicação.

SERVIÇO

Secretaria Municipal da Saúde

Site: www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/

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