A AIDS, ou SIDA, significa Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida. É um conjunto de sintomas e sinais, bem definidos, que podem surgir em indivíduos com a infecção pelo HIV (Human Immunodeficiency Virus).
Desde o momento em que se adquire a infecção até que surjam sintomas de doença, decorre um período de tempo chamado de fase assintomática da infecção pelo HIV, que pode durar em média 8 a 10 anos, em que a pessoa infectada não tem qualquer sintoma e se sente bem.
Nesta fase o indivíduo é considerado soropositivo, o que significa que a pessoa é portadora do HIV, ou simplesmente portador.
O Ministério da Saúde publicou um protocolo de definição nacional de casos de AIDS, onde coloca quais são os sinais que possibilitam o diagnóstico de caso de AIDS e somente o médico pode definir se o soropositivo está doente de AIDS ou não.
Vale lembrar sempre que as relações sexuais, contato com sangue infectado, de mãe para filho durante a gravidez ou o parto e pela amamentação são as principais formas de transmissão.
Quando o HIV entra no organismo, dirige-se ao sistema sanguíneo, onde começa de imediato a replicar-se, atacando o sistema imunológico, destruindo as células defensoras do organismo e deixando a pessoa infetada (soropositiva).
Com este quadro, a pessoas fica mais debilitada e sensível a outras doenças, as chamadas infecções oportunistas que são provocadas por micróbios e que não costumam afeta pessoas com sistema imunológico funcionando normalmente.
Doenças que se aproveitam da fraqueza do sistema imunológico de quem tem AIDS?
Entre as doenças “oportunistas”, encontram-se:
– Tuberculose;
– Pneumonia por Pneumocystis carinii;
– Candidose, que pode causar infecções na garganta e na vagina;
– Citomegalovirus um vírus que afecta os olhos e os intestinos;
– Toxoplasmose que pode causar lesões graves no cérebro;
Criptosporidiose, uma doença intestinal;
Sarcoma de Kaposi, uma forma de cancro que provoca o aparecimento de pequenos tumores na pele em várias zonas do corpo e pode, também, afectar o sistema gastrointestinal e os pulmões.
A SIDA provoca ainda perturbações como perda de peso, tumores no cérebro e outros problemas de saúde que, sem tratamento, podem levar à morte. Esta síndrome manifesta-se e evolui de modo diferente de pessoa para pessoa.
AIDS e os Jovens
Segundo o relatório 2016 Prevention Gap da UNESCO, dois terços dos jovens não têm conhecimento correto e abrangente sobre HIV. Isso, combinado com outros fatores, como a falta de acesso a serviços, o estigma, a discriminação e desigualdades estruturais, resulta em um impacto desproporcional para certas populações.
AIDS e a Educação
Apesar dos esforços para fortalecer campanhas de conscientização sobre a AIDS, a cada semana ocorrem quase duas mil novas infecções por HIV entre meninas e mulheres jovens na África do Sul.
O relatório da UNESCO mostra que a educação, por si só, não funciona para a prevenção, mas sem ela, outras abordagens preventivas – seja a de preservativos ou a da profilaxia anterior à exposição – nunca alcançarão plenamente seus objetivos.
É necessário fazer novas estratégias, sobre a educação e bem-estar, que estejam alinhadas aos objetivos de desenvolvimentos sustentável. Essa visão de ação mais abrangente é um dos objetivos da UNESCO.
“Há mais de duas décadas, a UNESCO tem apoiado os países para avançar a agenda de prevenção, através do trabalho para promover a educação sexual abrangente, bem como através de outras questões de saúde importantes, como o fortalecimento da resposta do setor educacional ao uso de substâncias e prevenção da violência nas escolas Com base em gênero, identidade de gênero ou orientação sexual “, disse a Diretora-Geral da UNESCO, Irina Bokova.
Com esse fundamento, a UNESCO – sendo uma das fundadoras do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) – se junta ao Secretariado do UNAIDS e a parceiros copatrocinadores na celebração do primeiro Dia Mundial contra a AIDS na era dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Este movimento marca a ocasião com a campanha Levante as Mãos para a Prevenção do HIV, que pede pelo revigoramento dos esforços de prevenção, a fim de manter o mundo em uma via rápida para acabar com a epidemia de AIDS até 2030.
AIDS: Educação e Prevenção
Este livro faz parte da série “Educação em Movimento”, da UNESCO, elaborada para oferecer a formuladores de políticas, educadores e outras partes interessadas análises do estado da arte sobre temas da atualidade.
Depois de mais de três décadas da epidemia de HIV, a educação em HIV e o papel do setor de educação em disponibilizá-la estão entre as questões contemporâneas que merecem ser examinadas.
Desde o início da epidemia até hoje, o setor de educação tem desempenhado um papel central na resposta global.
O setor tem contribuído para a prevenção de novas infecções, apoiado testes, tratamento e cuidados, bem como reduzido o estigma e a discriminação tantas vezes vivenciados por aqueles que vivem com HIV ou aids, ou, ainda, por aqueles que são vulneráveis ao HIV.
De acordo com o UNAIDS, as novas infecções pelo HIV entre adultos e crianças foram reduzidas em 33% entre 2001 e 2012 e as mortes relacionadas à aids também caíram em 30% em 2012 desde o pico, em 2005.
A contribuição do setor de educação tem sido importante para essa conquista, mas o trabalho está longe de estar concluído.
Quem quiser pode fazer o download do livro em PDF aqui neste LINK: “Educação e HIV: evolução e perspectivas“
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