Avaliação de risco de queda de árvore é extremamente importante, principalmente em centros urbanos.
Normalmente essa avaliação passa por uma observação visual de vários aspectos, copa esparsa, descoloração das folhas, aparência do tronco, inclinação ou mesmo sinais de apodrecimento.
No entanto, muitas vezes a avaliação visual não é suficiente e é necessário saber quais as reais condições internas para evitar quedas das árvores.
Para alcançar esse objetivo, ao longo dos anos foram desenvolvidas várias técnicas, entre elas, a técnica de propagação de ondas de stress que permite avaliar a condição interna das árvores.
Nesse caso, do uso de propagação de onda de estresse, o conceito baseia-se na observação da propagação de ondas que são sensíveis à presença de madeira degradada. De uma forma geral, as ondas de stress são mais lentas em madeira deteriorada do que em madeira sólida.
Mas aqui em São Paulo dois novos equipamentos estão trazendo possibilidade de colher informações mais precisas no diagnóstico de árvores quanto à sua condição biológica e ao risco de queda.
O tomógrafo por impulso e o tomógrafo por impedância elétrica foram usados para a análise de um pau-ferro de 16 metros de altura, dentro do projeto de avaliação de 2.200 árvores no bairro dos Jardins.
Mais precisos, os tomógrafos permitem a execução de ensaios com um maior rastreamento da seção transversal e a visualização dos resultados em imagens bi e tridimensionais, sem causar danos às árvores.
A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e Prefeitura Regional da V. Mariana fizeram tomografias em árvores na região do Ibirapuera. Além de analisar, a ferramenta serve também para evitar a queda de árvores em dias muito chuva.
A análise da fitossanidade de 40 árvores, que estão localizadas ao longo da Avenida República do Líbano, na região do Ibirapuera e aqui da Vila Nova Conceição, começou a partir da Praça Dia do Senhor.
Tomografia na prevenção de queda de árvores
“A tomografia é a melhor e mais eficaz maneira de evitar a queda das árvores que, por vezes, causa prejuízo e incômodo à cidade. Esse é um projeto piloto, vamos avaliar o resultado e tentar levar para outras regiões de São Paulo”, disse o Secretário Gilberto Natalini.
Foi utilizada pela primeira vez na cidade a tecnologia do equipamento chamado Arboradix, o serviço foi oferecido gratuitamente pela empresa AMG Ecologia Aplicada, não gerando nenhum custo aos cofres públicos.
A tomografia é capaz de mostrar o tamanho e a posição de possíveis lesões nas árvores, além de analisar as raízes e permitir a localização precisa dos defeitos, através de método pouco invasivo (apenas uma parte da sonda é inserida na árvore).
Com um notebook, os resultados são imediatos. As regiões fracas e as áreas com menores espessuras de paredes residuais das árvores são detectadas com auxílio de sensores.
Com essas informações em mãos, a empresa emite um laudo para cada indivíduo arbóreo com a recomendação do que deve ser feito: remoção/substituição, poda, adubação, tratamento, etc.
Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Prefeitura de São Paulo, a capital paulista já registra o terceiro mês de janeiro mais chuvoso desde 1995.
Além disso, na última quinta e sexta-feira, o SGOC (Sistema de Ocorrências Críticas) registrou queda de 132 árvores, sendo que as regiões Sé (28), Vila Mariana (15) e Pinheiros (12) foram as mais afetadas.
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