Na realidade brasileira, cada vez é mais difícil dispor de uma verba mensal para realizar cursos ou adquirir materiais que permitam o acesso à educação, como computadores e livros, por exemplo. Para especialista, é preciso que os casais tracem metas claras e contem com estratégias disponíveis no mercado para alcançarem seus objetivos
- Diálogo
Para muitos casais, o dinheiro pode se tornar um tabu, seja porque um dos dois ganha menos e não se sente confortável com essa situação ou porque uma das pessoas acaba gastando mais e isso gera brigas entre os dois.
Para que isso não aconteça, a dica é que haja sempre uma conversa franca, na qual cada um tenta entender o lado do outro para encontrarem uma saída caso estejam passando por um momento de dificuldade. Conversar e buscar por um bom diálogo é sempre a melhor solução para os casais que querem crescer.
- Sem segredos
Partindo do princípio que o casal deve ter um bom diálogo, os segredos financeiros não podem existir entre eles. Muitas vezes, um deles acaba contraindo dívidas e escondendo isso, o que pode interferir no orçamento dos dois. Falar abertamente sobre os problemas é uma maneira de encontrar ajuda.
Também é importante dividirem quais são os objetivos profissionais de cada um, para que os dois possam se apoiar.
- Planos em conjunto
Para que os dois estejam dispostos a alcançar as metas e ter uma vida financeira estável, é necessário que o casal planeje junto – dos pequenos aos maiores sonhos. Ter um objetivo em comum fará com que os dois trabalhem para aquilo e se unam nesse esforço.
E, para chegar nesse objetivo, uma boa aliada é a planilha de gastos, onde o casal anotará tudo o que gasta por mês, para que saiba exatamente onde está investindo o dinheiro e o que pode mudar.
Finanças do casal
Segundo um mapeamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), municípios de todo o Brasil contabilizam uma demanda reprimida de 2,78 milhões de famílias para ter acesso ao Auxílio Brasil, atual programa social do governo federal de socorro a quem passa por dificuldades financeiras. São 5,3 milhões de pessoas que têm o perfil para receber o benefício e estão na fila, mas que não conseguem acesso a ele. Essa demanda demonstra o crescimento da pobreza no País – o que deixa o brasileiro cada vez mais distante de investimentos como educação e saúde, por exemplo.
Na esteira da precariedade financeira, muitos casais brasileiros, especialmente os mais jovens, têm dificuldade de pagar seus estudos. Assim, boa parte deles decide que apenas um dos dois continuará estudando, já que a verba destinada para o pagamento de mensalidades e aquisição de itens como computadores, livros e outros itens que promovem o acesso à educação não está prevista no orçamento das famílias.
Essa situação gera um padrão negativo. Sem dinheiro para investir em educação, os casais não conseguem melhores colocações no mercado de trabalho e, consequentemente, não prosperam financeiramente nem profissionalmente.
Na visão da empreendedora e especialista em educação, Carol Guedes, para um casal ganhar mais dinheiro e prosperar, ambos devem estar bem colocados no mercado de trabalho para conseguirem aumentar o salário anual.
“Para isso, pelo menos 10% do salário mensal de cada um deve ir para a educação. Porém nem sempre isso é possível. Então, sem investimento em capacitação, não há melhora profissional, o salário não aumenta e, a cada dia, sobra menos dinheiro para a educação. Esse padrão precisa ser quebrado”, diz.
Os cursos de programação, por exemplo, dão ao profissional a chance de ingressar rapidamente no mercado, bem como de alcançar cargos melhores.
Para se ter uma ideia, o Brasil pode ter um déficit de trabalhadores qualificados até 2023, de acordo com o levantamento feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Segundo o estudo, mais de 400 mil postos de trabalho com qualificação serão criados no próximo ano. Porém apenas 100 mil serão preenchidos por profissionais que tenham as habilidades esperadas”, exemplifica.
E esse é apenas um exemplo, porque outras áreas, como a de saúde, necessitam de profissionais técnicos o tempo todo, com alta demanda.
E, para dar uma guinada no currículo, valem ainda os cursos de liderança, inglês, marketing e até mesmo os mais rápidos, on-line, que cada um faz no seu próprio tempo.
Mas como estudar sem depender dos recursos mensais do casal?
Segundo Carol Guedes, quando os recursos são escassos, o casal tem menos chances de estudar. Mas agora é possível transformar parte dos gastos mensais, que já são realizados, em pontos que podem ser trocados por produtos educacionais. “Ao realizar as compras do dia a dia de forma planejada, o casal pode juntar pontos que são acumulados para serem usados no pagamento de cursos e materiais destinados ao ensino”, diz ela. “É assim que funciona o recém-criado PontoE”, completa.
Dicas para o presente e o futuro
Carol Guedes enfatiza que o PontoE é uma ferramenta imprescindível para que o casal organize suas finanças, realize um planejamento financeiro pensando em educação e se programe para o futuro. “Sabendo que os pontos acumulados nunca expiram, é possível fazer um plano de carreira, no qual o casal determina quais cursos serão realizados, perseguindo essa meta. E, também, é sempre possível pedir aos familiares e amigos que acumulem pontos e os doem ao casal, afinal, no PontoE, você pode beneficiar outras pessoas com seus pontos”, ensina.
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