O desemprego entre jovens tem crescido no Brasil. Entre as incerteza e descaminhos desta crise política e financeira a população recebe todos os efeitos colaterais dos descuidos e desmandos que temos visto o tempo todo na mídia.
O mais preocupante é que as previsões para a desaceleração do cenário de desemprego não são favoráveis, tende a piorar as condições de trabalho e a aumentar a vulnerabilidade dos empregados, principalmente entre os mais jovens.
O Grupo de Conjuntura (Gecon) da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea publicou nesta sexta-feira, 10/06, a análise sobre os números do mercado de trabalho e lançou ainda o blog da Carta de Conjuntura. O documento mostra que a população mais afetada pelo desemprego é a de jovens com idade entre 14 e 24 anos e indica um aumento do desemprego entre esse grupo: era de 15,25% no 4° trimestre de 2015 e passou para 26,36% no 1° trimestre de 2016.
Já a redução do rendimento salarial foi maior para a parcela dos trabalhadores que recebem menos de um salário mínimo. Para estes, a redução do salário chegou a mais de 10% nos últimos 12 meses. A queda generalizada de rendimentos e na ocupação resultou em uma massa salarial de R$ 173 bilhões entre fevereiro e abril deste ano, mesmo patamar que se encontrava há três anos.
A crise está obrigando todo mundo a fazer contas, mas se engana quem pensa que a crise só tem esse lado negativo. Uma das consequências mais graves é o aumento de pessoas em busca de recolocação no mercado de trabalho.
Outra face da crise consiste no impacto sobre a economia e a redução ainda maior da demanda e da confiança nos mercados. O quadro desperta insegurança mesmo para os que mantêm o emprego e a renda, estes passam a gastar menos. Com isso, a economia ganha impulso inverso ao que gostaríamos e leva a população a arrumar alguma atividade “extra” para manter as condições para sobreviver. O que resulta na tendência de aumento no número de subocupados.
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