Neste sábado, aconteceu na Praça Pereira Coutinho, a Roda de Conversa Pais e Filhos – Limite ministrada pela Coach Cássia Halti, sócia da Halti & Magno Coaching.
Um momento de reflexão e troca de experiências sobre a criação dos filhos, com o objetivo de abrir possibilidades e promover um melhor dialogo entre pais e filhos.
A conversa começou com a pergunta: Será que conhecemos a fundo os nossos filhos?
Segundo Cássia normalmente os pais ouvem comentários sobre os filhos, mas demoram a acreditar, porque em casa, eles parecem tão bonzinhos!
Geralmente os pais colocam regras em tudo e se o filho está seguindo, está tudo bem.
Mas é justamente ai que mora o perigo. É nesse momento que o diálogo precisa continuar existindo, para o cultivo dos vínculos afetivos, da confiança, da proximidade.
Não é porque o filho foi para a escola, fez lição de casa, fez as refeições nos horários determinados, que está tudo bem. Muitas vezes a rotina pode esconder conflitos, que os filhos por algum motivo podem não comentar com os pais, incluindo a vergonha por exemplo.
“Sentar e conversar periodicamente com os filhos é a oportunidade de mudar, por mais que seja uma conversa difícil, ela é a chance de entender para poder ajudar o filho e tirá-lo de uma situação de sofrimento e depressão”, explica Cássia.
Criar situações para as conversas é sempre bem-vindo.
Pequenas ações como cozinhar ou fazer um bolo com os filhos cria vínculos afetivos, aproxima, a conversa flui naturalmente. E naturalmente também pode sair um desabafo, um pedido de ajuda!
Vale lembrar que essas ações precisam ser constantes. Porque a vida e as situações mudam rapidamente. E os pais precisam estar atentos a essas mudanças.
O futuro dos filhos
Será que já paramos para perguntar quais são os sonhos de nossos filhos? Foi com essa pergunta que teve início um novo tópico de assuntos da Roda de Conversa.
“Muitos pais, assim que os filhos nascem já querem traçar a meta de vida para o filho, ou seja, se o pai é advogado o filho também deve ser. Isso é um fator limitador. Colocar crenças em nossos filhos é impedi-los de se manifestar, é fazer com que eles tenham que cumprir o desejo dos pais. O que muitas vezes não é o desejo do filho”, explica Cássia.
A criança, o jovem, para não desapontar o pai aceita as condições impostas, mas essa condição o faz ter que suportar o fardo de não ser feliz. A criança aprende mais pelos exemplos do que apenas pelas palavras.
A adolescência
A chegada da adolescência é uma construção. Se os vínculos afetivos foram criados na infância é mais fácil lidar com os conflitos comuns dessa fase.
Sem a construção sólida na infância, o equilíbrio entre o ter e o ser e estar com os filhos fica comprometido.
Adolescentes que não se sentem acolhidos tentam chamar a atenção dos pais através de várias formas: deixam de comer, usam drogas, causam brigas.
Quando os filhos trazem problemas, é importante questionar: Quais coisas você sabe fazer que pode contribuir com os outros?
Por mais simples que possa parecer, esse pergunta vai mexer com o pensamento da criança e trazer à tona o que ela realmente gosta de fazer. A criança gosta de se sentir capaz.
Outra pergunta que deve ser feita periodicamente aos filhos: Qual foi a melhor e a pior coisa que já aconteceu com você?
Nem todas as crianças gostam de contar como foi o seu dia, ou o que aconteceu de bom ou mau, mas elas precisam ser estimuladas, só assim os pais vão saber como ajudar os filhos.
Essas perguntas feitas, de tempos em tempos, vão aproximando pais e filhos vão fazendo com que os filhos se abram e conversem mais com os pais.
O encontro terminou com a leitura da seguinte frase: “Os filhos tornam-se para os pais, segundo a educação que recebem: uma recompensa ou um castigo”, J. Petit Senn.
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