novembro 16, 2024 2:55 PM

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Olá!

O resenhado de hoje, por incrível que pareça, é um livro que não me encantou. Diferente da badalação que a blogosfera dedicou a ele, achei maçante e irritante demais. Eu escolhi para ler A Rainha Vermelha e me decepcionei.

Em A Rainha Vermelha, temos mais uma distopia: dessa vez, o mundo é dividido entre vermelhos (povão oprimido) e prateados (opressores muito poderosos). Eles vivem em constante guerra, o que é inacreditável, partindo da premissa de que os prateados possuem poderes especiais, que podem dominar os vermelhos com um estalar de dedos, mas tudo bem.

Na província de Norta, nossa protagonista Mare Barrow é uma trombadinha. Ela rouba para ajudar a família. Ela está para completar 18 anos e, como não possui emprego, vai para o exército lutar na guerra. A única que tem emprego na família é sua irmã menor Gisa, que é costureira. Enfim, a família é bem humilde. E ainda tem Kilorn, seu melhor amigo, que é trombadinha como ela, mas porque perdeu o pai na guerra e a mãe o abandonou. Está com dois pés e meio no exército.

Por questões do momento, Mare conhece Cal, que a ajuda com esmola. Mal sabe ela que sua vida sofrerá uma revira-volta… A jovem acaba indo parar no Palácio real, como criada da realeza prateada. Ela mal chegou no castelo e já presenciou uma batalha para saber quem se casaria com os príncipes – o rei possui dois filhos. E foi aí que seu segredo – que nem ela sabia – foi descoberto.

Sério, que livro chato! Não só pela Mare, mas por toda a opressão que a trama mostra. Todo mundo trai todo mundo, você não sabe em quem confiar. E tem a Evangeline, pedra no sapato de Mare. Essa era a segunda pior. Já li distopias em que o povo era separado por castas (A Seleção) e que o povo era controlado pela mente (Reiniciados) mas esse livro é uma brisa total.

A começar pelo sistema entre os prateados. Todos eles são distribuídos por Casas. Por exemplo, Evangeline faz parte da Casa Samos (Samos é seu sobrenome). Essa casa possui uma determinada cor e eles possuem determinados poderes. Se fosse só duas ou três casas, ok, mas não, são várias, você se perde tentando saber quem é quem. A autora poderia deixar a história mais enxuta se não tivessem tantas Casas.

Diferente de mim, a Raíssa, do O Outro Lado da Raposa amou a história: “Esse livro é recheado de acontecimentos eletrizantes e sanguinários. Comecei a ler e, de repente, me vi presa à narrativa de tal forma que não conseguia mais parar. Fiquei umas três noites indo dormir às duas ou três da manhã (isso em dia da semana hahaha) porque precisava loucamente saber o que aconteceria a seguir.” Afirma Raíssa.

Tudo bem que, em uma distopia, os oprimidos são castigados, mas aqui, gente, os castigos são mil vezes pior. Tipo, uma prateada manipula o aço, como facas e garfos, outro mexe com a água e pode afogar uma pessoa. Uma terceira consegue entrar na mente alheia e assim por diante. Sem falar que eles vivem em guerra – os prateados contra sabe-se Deus quem, já que os vermelhos são obrigados a ir para as linhas de batalha. Isso, eu juro que não entendi.

Um certo alguém balança o coração de Mare, mas ela não se envolve com ninguém, até que ela bem madura pra sua idade (o que a opressão não faz…). Queria dizer também que ela – assim como eu – tem três pares de furos na orelha. Cada furo (com seu respectivo brinco, óbvio) representa um irmão.

O livro acaba em um ponto crucial – e é por isso que terei que comprar o segundo volume, para saber como se desenvolverá, vai ver é até menos chato. Apesar da história não ser lá essa maravilha, a Seguinte está de parabéns pela capa e revisão. Encontrei um erro (inadmissível) em todo o livro, e na capa de trás ainda vem um marcador, é só destacar e usar!

Para encerrar, enquanto “Glass Sword” não sai, tem um conto dessa distopia disponível lá na Amazon, é o Canto da Rainha e o melhor, está de graça! Clique aqui e faça o download!

Kamila Villarreal é aluna de jornalismo, apaixonada pela leitura e escritora do blog Resenha e Outras Coisas.

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