Atingir o equilíbrio perfeito entre a vida pessoal e profissional, segundo executivos experientes, é mesmo impossível. Mas algumas atitudes em relação a esses aspectos da existência podem minimizar surpresas e imprevistos casuais, munindo-nos de certa autonomia ante os desafios cotidianos.
Em um artigo publicado no site da Harvard Business Review, os professores Robin Abrahams e Boris Groysberg revelam as dicas, dadas por líderes atuais, para uma conciliação harmoniosa entre as tarefas familiares e uma carreira de sucesso.
A primeira dica é definir o que é sucesso para si mesmo.
As definições dadas para a palavra variavam desde a paixão pelo trabalho, o respeito e os desafios a serem superados, como o lar, os amigos e as relações com a comunidade.
Com efeito, o sucesso tem um significado diferente para cada pessoa, e encontrar o que ele representa para você dará, de antemão, um horizonte claro para seus esforços, seja no âmbito profissional ou familiar.
Gerenciar a tecnologia é outro ponto abordado pelos especialistas, pois se os recursos tecnológicos facilitam a comunicação atual, também acarretam, por vezes, o desvio de atenção da ação presente de cada um, em casa ou no trabalho. Dedicar-se inteiramente à família significa excluir, momentaneamente, a atenção para os e-mails e requisições do âmbito profissional.
Administrar a atenção para o que realmente importa é o que impedirá a invasão da esfera profissional na familiar, e vice-versa, garantindo um convívio estável com colegas e parceiros e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida.
Construir redes de apoio é outro item importante abordado pelos líderes entrevistados. Por vezes, mesmo um ato simples, como ir ao supermercado, requer a colaboração inevitável de terceiros. Pessoas de confiança no trabalho também são cruciais para o profissional, seja por meio de um forte vínculo pessoal, seja resguardando-se, mas com apoio suficiente em casos de emergências e imprevistos.
As viagens ou transferências em virtude do trabalho também impactam fortemente a vida dos executivos. Com efeito, muitos recusam propostas internacionais em virtude da família ou dos filhos, enquanto outros preferem uma intensa rotina de viagens para travar contato com outras culturas. É preciso saber até onde vale a pena aceitar um trabalho no exterior, levando em consideração todas as mudanças financeiras, emocionais e pessoais envolvidas no processo.
Por fim, a colaboração com o parceiro tem importância crucial para os executivos, e o apoio emocional dado por essa colaboração proporciona a estabilidade em momentos desafiadores da carreira e de crises inerentes à existência humana.
Compartilhar uma meta com o cônjuge pode ainda ser um fator adicional de motivação, assim como as habilidades cognitivas ou de comportamento que complementem nossa personalidade.
Estar aberto para o outro, compartilhar das suas experiências e visão de mundo, é a chave para a vida afetiva estável e para a trajetória consciente na busca do sucesso, que não pode ser alcançada sem sólidas bases pessoais e sem a partilha com o parceiro.
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