Educação para jovens talentosos

A construção de jovens talentosos foi o tema do Compais, projeto do Colégio da Companhia de Maria, aqui da Vila Nova Conceição, com o objetivo de unir e proporcionar troca de ideias com a comunidade. O Compa, como é conhecido por seus alunos e pelos moradores do bairro, tem aberto ao longo do tempo oportunidades para a busca de desenvolvimentos e potencialidades educativas.

Trabalhar a noção de futuro é sempre um desafio, deve ser levado em conta diversas variáveis, que atualmente se referem à tecnologia, a qual muda periodicamente. Segundo o Compa, uma pessoa não se educa sozinha, é todo um ambiente que educa. Para ter efeito duradouro e contínuo, o processo de ensino e aprendizagem pressupõe a existência de um ambiente favorável, com liberdade, autonomia e respeito mútuo entre todos os participantes da Comunidade.

Para falar sobre o assunto e conversar com os pais foi convidado Ricardo Orsini, Engenheiro Civil que ao longo de sua carreira já ocupou vários cargos na área da educação e atua como consultor em Projetos educacionais.

Uma das grandes preocupações de pais e até mesmo dos filhos é o futuro. Como será o mercado de trabalho? Segundo Orsini, no Brasil, 95% dos jovens com idade entre 11 e 16 anos consideram o assunto fundamental.  E a escolha profissional é um dos pilares mais importantes para “vencer na vida”.

“A formação profissional tem hora certa de ser apresentada para os filhos. Todas as atividades encontradas, um curso complementar, uma ação de voluntariado, tudo soma para que se forme uma pessoa que tenha capacidade de aprender várias atividades em várias áreas.” Explica Orsini.

Para ele, a escola que ensina para a vida é o que tem de mais moderno no ensino mundial. Isso significa não apenas capacitar para notas melhores. Não basta sair da escola como um bom aluno. Tem que sair com uma gama de conhecimentos necessários para o mercado de trabalho. Bom senso, lógica de raciocínio, capacidade de aprender e bom entendimento do que foi explicado. Esses são os conhecimentos que o mercado está à procura.

Pois é… Não dá para fechar os olhos diante das tecnologias, assunto que causa bastante polêmica. Ela está aí e veio para ficar. Me arrisco a dizer que num futuro muito próximo, haverá poucas crianças que não terão contato com ela. Quem tem hoje a faixa etária em torno dos 36 anos, passou pela fase de colocar no currículo, quando tinha 20 anos, que sabia usar a internet. Esse era um item importante de divulgar, eu mesma, usava essa artimanha nas entrevistas de emprego. Opa…. falei minha idade!

Brincadeira a parte, mas que vale para exemplificar que hoje, dominar a linguagem da web é requisito básico. Exaltar isso em uma entrevista passou a ser ultrapassado.

Durante a palestra, Orsini afirma que quem tem mais de 30 anos é considerado imigrante digital e quem tem menos de 30 pode ser chamado de nativo nesse novo meio!

“Tecnologia é a solução!!! Chame seu filho para ajudá-lo a usar essas ferramentas… Abrir sua conta no Facebook, usar o WhatsApp e outras ferramentas que eles usam para se comunicar. Nós precisamos ter essa habilidade de usar essas ferramentas que nossos filhos usam.” Ressalta Orsini.

Habilidade essa, que se torna importante até mesmo para que possamos orientar nossos filhos sobre os prós e os contras do online. Os tempos mudam, as formas de comunicação mudam. Orsini lembra que “todos nós tínhamos nossas ferramentas sociais… em nossa época, na infância, era brincar na rua”.

Hoje, os pais precisam atentar para o fato de que o mercado de trabalho é o planeta. Não mais as cidades que nos encontramos. A internet mudou a forma de interagirmos profissionalmente. Parece assustador, né?! Mas é mesmo, se não nos abrirmos para o conhecimento, para o novo!

Para finalizar Orsini enfatiza que “precisamos preparar nossos filhos com a ideia de aprender continuamente. A escola dá normas. Educação quem dá são os pais”.

Para o Compa essa foi uma palestra esclarecedora, na qual os alunos puderam refletir sobre suas posturas como estudantes e os papéis que querem exercer no futuro como cidadãos críticos. E a escola coloca em prática ações para apresentar aos jovens e suas famílias as possibilidades para um futuro promissor.