novembro 16, 2024 2:43 PM

Search
Close this search box.

Durante vistoria realizada nesta sexta-feira, em restaurante na Rua Pamplona, nos  Jardins,  na capital paulista, técnicos da Sabesp constataram que o estabelecimento  estava  furtando água,  por  meio  de  adulteração  no hidrômetro.

Durante a ação, realizada com o apoio de policiais civis do Deic (Departamento   de   Investigações  sobre   Crime  Organizado),  o proprietário  foi  preso  em  flagrante  e  encaminhado  à 3ª Delegacia de Patrimônio do departamento.

O local é reincidente, com registro de irregularidade semelhante em novembro de 2005. A suspeita de fraude, que motivou a inspeção, partiu de análise do histórico de consumo do imóvel, incompatível com a atividade  econômica  e  o  porte  do  estabelecimento  comercial.

Durante contato inicial, o dono do restaurante negou o acesso dos funcionários da Sabesp ao hidrômetro, que só foi possível após a polícia ser acionada.

O restaurante estava furtando  cerca  de 60 mil litros de água por mês,  volume  suficiente  para  abastecer  aproximadamente  15 pessoas a cada 30  dias.

Flagrantes

As 69 equipes caça-fraude da Sabesp estão intensificando as ações e o número de irregularidades nos primeiros quatro  meses  deste ano foi 41% maior, passando de 5.293, em 2015, para 7.419 nas  regiões  Metropolitana de São Paulo e Bragantina. Isso significa que foram feitos, em média, 61 flagrantes de furto de água por dia nesse período.

O volume de água desviado  foi  de  1,182  bilhão  de  litros,  suficiente  para  abastecer  uma  cidade  do  porte  de  Poá,  com 110 mil  habitantes,  durante  um  mês inteiro. A companhia cobra retroativamente a tarifa pela água furtada e pelo esgoto coletado. Além disso, o responsável pela  fraude  responde  por  crime  de furto e pode pegar até oito anos de detenção.

O prejuízo estimado com as fraudes no primeiro quadrimestre de 2016 foi de R$ 10,95 milhões.

Das 7.419 fraudes identificadas neste ano, 6.400 foram registradas em  residências,  o  que  representa  86% do total. Em imóveis comerciais,  ocorreram  709 casos e na indústria e economia mista, 310.  No entanto, as fraudes em comércios geram um desvio muito maior de água por causa do tipo  de  consumo.  A violação  de  hidrômetro (63%) e as ligações clandestinas (37%) foram as principais ocorrências.

Em parceria  com  a  Secretaria  de  Segurança  Pública, a Sabesp realiza  operações  conjuntas com a polícia, para casos em que o fraudador impede a fiscalização e para prender os agentes fraudadores – que vendem a adulteração  para  moradores,  comerciantes e indústrias. Até abril, foram abertos 78 boletins de ocorrência.

Água

A Sabesp ressalta a importância da população na identificação do crime de furto de  água.  Até abril foram recebidas 17.200 denúncias de casos  suspeitos  pelos  telefones  195  ou pelo Disque-Denúncia (telefone  181),  cuja  chamada  é  gratuita  e  não  exige  a  identificação de quem telefona.

“A fraude prejudica toda a população. Quem comete o crime não se preocupa  com  o  desperdício,  pois  acredita que não irá pagar pelo alto consumo.  É  comum  entre  fraudadores  deixar  torneiras  abertas  e  não consertar   vazamentos”,   afirma   Marcelo  Fridori,  superintendente  de Auditoria da Sabesp.

Deixe um comentário

Pular para o conteúdo