abril 13, 2024 5:20 PM

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Após o pocket show de Jorge Vercillo e Luana Mallet no “Grandes Encontros” uma parceria entre o Shopping Vila Olímpia e a Rádio Alpha FM, nossa equipe foi conhecer esta cantora carioca que esbanjou simpatia e simplicidade dentro e fora do palco.

Luana Mallet e a mãe, Bernadete que também é produtora da cantora nos receberam no Hotel Pullman, na Vila Olímpia, onde estavam hospedadas.

O Hotel Pullman Vila Olímpia nos recebeu carinhosamente e autorizou que a entrevista fosse feita no local.

Nesse bate papo, Luana conta sua história, desde criança, até a passagem pelo The Voice Brasil, a experiência com teatro até chegar a carreira de artista independente.

Vila Nova conceicao luana mallet
Luana Mallet, uma artista completa que tem muita história para contar. (Foto: Ale Silva / Ai Press)

Vila Nova Conceição SP: Você nasceu na música, com que idade você resolveu que queria ser cantora?

Luana Mallet: Com seis anos. Eu tinha dentro da minha fantasia de criança ser cantora. Enquanto alguns amigos escolhiam ser médico veterinário, ou professor, meu pai me deu um violino, que é o instrumento que ele toca. Minha mãe já tinha me dado um violino vermelho de brinquedo. Meu pai percebeu que eu gostei muito do presente e com seis anos me deu o primeiro violino de estudo. Eu já pensava que seria uma violinista e estava certo meu emprego na orquestra até chegar aqui.

Vila Nova Conceição SP: Quais foram os desafios que você encontrou ao longo da sua carreira?

Luana Mallet: Eu estudei violino por dois anos, enjoei, passei por vários instrumentos até chegar ao contrabaixo. Por volta dos dez/onze anos de idade, resolvi que queria tocar contrabaixo, que foi meu primeiro instrumento elétrico, toquei incessantemente até meus dezoito anos. Não estudei em nenhuma escola de música, tocava em casa. Escutava discos o dia inteiro, tinha banda de Heavy Metal desde adolescente, já fui cantora nas bandas mas minha paixão era mesmo o contrabaixo.

Com dezoito anos, estava indo fazer meu primeiro show com uma banda grunge. Estava passando o som, praticamente tudo certo, quando resolvi tomar uma “cervejinha”, acabei tropeçando e caí com a cerveja na minha mão, que acabou fazendo um corte profundo e tive que ir correndo para o hospital.

Fizeram uma cirurgia bastante demorada. Na época o médico – um pouco insensível no calor do momento – tinha me dito que não saberia o quanto eu ia recuperar no movimento da minha mão (esquerda). Naquele dia eu decidi que se eu não conseguisse tocar o contrabaixo da maneira que eu estudei, eu não ia mais trabalhar com música.

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Luana conta uma passagem complicada da vida que poderia ter dado fim ao seu trabalho musical, mas com muita garra, coragem e perseverança, Luana venceu esse desafio. (Foto: Ale Silva / Ai Press)

Naquela época eu já estava interessada em moda, meu pai tinha me puxado para esse lado, não queria que eu entrasse para a área da música… então decidi que entraria para a UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde meu pai também estudou. O estudo sempre foi valorizado e exigido na minha família. Se eu chegasse em casa com a nota inferior a “8”, estaria lascada. (risos)

Vila Nova Conceição SP: Você atuou em várias áreas e agora fez uma música com Ana Carolina?

Luana Mallet: Sim, verdade. Trabalhei com moda, teatro, figurino, cenário e de repente caí de paraquedas em um trabalho com a Ana Carolina (cantora). Nossa convivência muito próxima fez com que ela descobrisse meu histórico musical. Um dia, nós duas jantando ela disse: “toca alguma coisa aí pra mim?” Na hora eu fiquei muito nervosa e acabei tocando uma música que estava compondo com meu pai que por um acaso virou nossa primeira parceria – ela, meu pai e eu.

A música se chama “Longe”. Quando comecei a compor “empaquei” no refrão, e quando fui mostrar à Ana Carolina (com o refrão somente em melodia) ela gostou e disse: “deixa eu ‘canetear’ esse negócio aí?” eu me animei e respondi “Sério? Então bora!”.

Na época eu era assistente pessoal dela e ela me convidou para cantar no Sarau (evento musical/cultural), eu morria de vergonha. Todos me conheciam como assistente dela, mas não como cantora. Os Saraus foram ficando mais frequentes, nós duas fomos compondo várias músicas, e um dia ela me disse: “você tem que parar de trabalhar comigo e cantar”.

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Com muito orgulho, Luana conta a parceria e o trabalho ao lado de Ana Carolina. (Foto: Ale Silva / Ai Press)

Ela me ajudou a produzir minhas primeiras cinco faixas. Fui colocando na internet para ver o que as pessoas iam acham das músicas, mas não tinha um plano certo de como fazer o lançamento desse material porque eu ainda não fazia show. Eu só tinha vontade de escrever, mesmo ter escolhido não trabalhar mais com música, a vontade de compor ainda estava em mim.

Vila Nova Conceição SP: Como foi esse início de carreira musical? Como começou?

Luana Mallet: Comecei a cantar em bar, fazendo alguns covers porque nos bares não é permitido cantar musicas autorais e eu ainda não tinha um repertório próprio para manter um show durante a noite inteira. Então eu cantava um repertório cover bem aleatório para ver como eu me comunicava com as pessoas. E aí chegou o “The Voice Brasil (2012)”

Eu já tinha começado a fazer um trabalho alternativo chamado “Digital Groove” em Recife. Mas como era “alternativo”, então para mim era mais fácil colocar uma maquiagem louca, uma roupa louca e interpretar em um palco pequeno. Mas quando eu fui para o “The Voice Brasil”, que as pessoas me conheceram como Luana Mallet e não como personagem do “Digital Groove”, eu senti uma responsabilidade maior. Eu estou descobrindo até agora como é ser a personagem Luana Mallet.

Vila Nova Conceição SP: Como foi subir no palco da primeira temporada do “The Voice Brasil”?

Luana Mallet: Eu não sei de onde eu tirei tanta tranquilidade para encarar o palco de uma das emissoras mais conhecidas do país. Foi um frio na barriga gostoso. Minutos antes de eu entrar no palco tinha um menino na arquibancada que me disse: “Vai lá, Arrasa Lindona!” Isso me deu um ânimo e  na sequencia eu disse “Eu vou!”

Entrei no palco super tranquila, só o Daniel virou para mim. Depois eu fiquei sabendo que era a última vaga no programa. Mas me senti entrando numa aventura completa, um mundo totalmente novo. Não tinha muitos cantores no Facebook, e na época do “The Voice Brasil” meu celular não parava de receber mensagem. E naquele momento, percebi que eu era “cantora”.

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Nesse bate papo super descontraído, Luana, ao lado da mãe Bernadette, que parece irmã de Luana, explica como foi participar do “The Voice Brasil”. Segundo ela, uma experiência marcante. (Foto: Ale Silva / Ai Press)

Vila Nova Conceição SP: Qual gênero você classifica suas músicas?

Luana Mallet: MPB, pop, música feita para ouvir sem um propósito de ‘essa é minha identidade’ é para todo mundo, é feita de coração.

Vila Nova Conceição SP: Você já fez algum papel em novela ou teatro?

Luana Mallet: Eu fiz teatro. Fiz uma peça chamada “O Pequeno Príncipe” no Teatro Municipal do RJ. A primeira temporada foi em outubro/2014 e a segunda temporada foi em janeiro/2015

Em 2005 quando eu cursava faculdade de moda e meu pai estava compondo uma música para a orquestra do espetáculo, que era bastante interativo. Meu pai conseguiu junto com sua sócia aprovar um projeto deste espetáculo em Brasília, então me disseram que seria uma responsabilidade muito grande. Orquestra com aproximadamente 50 músicos, elenco de 25 atores, cenário muito grande, projeções… e isso atrapalharia meu estudo mas eles confiavam muito em mim. E eu topei.

Tranquei a faculdade por 6 meses, fiquei 1 mês em Brasília para essa montagem, e voltei com este título de “figurinista do espetáculo ‘O Pequeno Príncipe’”. Nove anos se passaram até o Teatro Municipal/RJ abraçar a ideia de chamar meu pai para trazer o espetáculo de Recife e apresentar no Rio de Janeiro.

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Luana conta que, no começo da carreira de cantora, tinha um pouco vergonha de se apresentar, mas tudo foi mudando conforme foi adquirindo experiência e intimidade no palco. (Foto: Ale Silva / Ai Press)

Na época meu pai era violinista da orquestra do Teatro Municipal e durante essas 2 temporadas ele saiu do cargo de violinista e passou a ser o Maestro Regente de um espetáculo que ele compôs a musica. Eu novamente fiz o figurino mas percebi que a produção estava com dificuldade de encontrar a “Rosa” do príncipe. Acabei fazendo a audição e acabei me tornando a rosa da primeira temporada do espetáculo no RJ. (tem no youtube) .

Na segunda temporada eu fiz outro personagem, a vendedora de pílulas. Tinha uma música só pra mim, era a única personagem que cantava, fazia um estardalhaço no meio da cena cantando ópera, expulsava o maestro do pódio – que era meu pai – regi uma música, cantava funk, brincava com a plateia.. já estava tão ‘sem vergonha’ que eu improvisei uma piada com meu pai, dei uma ‘zuada’ e em seguida eu pensei: “Nossa, que abusada!” (risos)

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Luana Mallet presenteou nossa equipe com o Cd “Luana Mallet SemiAcústica”. São 4 faixas maravilhosas. (Foto: Ale Silva / Ai Press)

Atualmente estou cursando música, mas pretendo estudar Artes Cênicas.

Vila Nova Conceição SP: Como foi esse convite para se apresentar no Grandes Encontros?

Luana Mallet: O convite foi da equipe da Rádio Alpha FM, eles me contataram. E foi maravilhoso.

Vila Nova Conceição SP: E como foi o Show no Grandes Encontros com Jorge Vercillo?

Luana Mallet: Eu adorei! O Vercillo é super generoso, deixa tudo muito a vontade, tudo muito natural. Ele é assim sempre. Eu o conheço desde a adolescência, ele é amigo do meu pai há muitos anos. E apesar dele ter se tornado um artista enorme, ele continua sendo a mesma pessoa.

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Luana Mallet autografando o Cd que nos presenteou. (Foto: Ale Silva / Ai Press)

Vila Nova Conceição SP: É a primeira vez que você canta em SP?

Luana Mallet:  Não, a primeira vez foi com o “Digital Groove” no “Estúdio SP” na Rua Augusta. Mas como Luana Mallet é a primeira vez.

Vila Nova Conceição SP: Quais são as projeções para 2016?

Luana Mallet: Tenho um disco para lançar. Sou uma artista independente. Fiz no ano passado um EP*, com um financiamento coletivo na internet e ficou muito legal poder ter um material para as pessoas que curtem meu trabalho.

Eu comecei com esse EP que virou a base para esse novo disco. Eu adoro tantos estilos de músicas diferentes que eu tenho vontade de inserir tudo que eu gosto dentro do meu trabalho.

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Da esq. p. dr.: Karen Gomes; Ilana Alves; Luana Mallet; Bernadette Mallet. (Foto: Ale Silva / Ai Press)

E meu disco está sendo gravado tranquilamente porque não existe gravadora e não existe demanda. Eu estou lançando esta semana um single chamado “Beijo Leve”, que foi gravado neste último mês, vou fazer uma campanha na internet para enviarem um vídeo de até três segundos sobre “Beijo Leve” para fazer o videoclipe dessa música.

*(Extended Play é uma gravação em vinil ou CD que é longa demais para ser considerada um single e muito curta para ser classificada como álbum).

Por Ilana Alves e Karen Gomes

Confira a matéria sobre o show de Jorge Vercillo e Luana Mallet

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Apresentação de Luana Mallet e Jorge Vercillo no Projeto “Grandes Encontros” no Shopping Vila Olímpia.
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Recepção calorosa do público e de Jorge Vercillo. (Foto: Ale Silva / Ai Press)

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