“O meu nódulo na tireoide é um câncer”, essa notícia cai como uma bomba em cima das pessoas que a recebem como diagnóstico.
Qual é o primeiro passo diante do diagnóstico de câncer de tireoide? Se for diagnosticado câncer de tireoide, será necessário saber qual é o tipo de câncer.
Procuramos algumas respostas para dúvidas que, com a mais absoluta certeza, causa uma grande aflição para quem recebe este diagnóstico.
Quais são os tipos de câncer existentes?
a. Papilífero: é mais comum e está presente em 80% das pessoas com câncer de tireoide. Geralmente cresce lentamente e muitas vezes se espalha para os gânglios linfáticos do pescoço. É raro ele se espalhar para os pulmões e os ossos. Esse tipo de câncer é duas vezes mais frequente nas mulheres do que nos homens e ocorre mais comumente entre os indiví- duos adultos jovens (30-50 anos).
b. Folicular: é o segundo mais comum e está presente em 10% a 15% dos casos. A disseminação se dá nos pulmões ou nos ossos. Esse câncer é mais frequente em mulheres do que em homens (duas vezes) e acomete os indivíduos mais velhos (40-60 anos).
c. Medular: é menos comum e ocorre em 5% dos casos. Quando não se espalha para além da tireoide, o paciente tem 90% de chance de sobreviver. Em 1/4 dos casos pode ocorrer em outros membros da família e requer avaliação genética.
d. Anaplásico: é a forma menos comum e ocorre entre 1% e 2% dos casos, além de ser o mais agressivo. A chance de sobrevida é de 6 a 12 meses. Afeta mais os homens do que as mulheres, bem como pessoas com mais de 65 anos.
O câncer de tireoide é agressivo?
Geralmente não. O papilífero cresce lentamente e, se for detectado ainda muito pequeno e confinado à glândula tireoide, a taxa de cura fica próxima de 100%.
O folicular também tem alta taxa de cura (95%) se o tumor for pequeno e restrito à tireoide, particularmente em indivíduos mais jovens.
O medular e o anaplásico são os mais agressivos, mas felizmente são também mais raros.
Como é o tratamento do câncer de tireoide?
O tratamento varia dependendo do tipo de câncer e de ele ter se espalhado ou não. As opções de tratamento incluem:
a. Cirurgia: o cirurgião remove parte ou mais comumente toda a glândula tireoide, além dos nódulos linfáticos anormais. Alguns cirurgiões também removem os linfonodos próximos mesmo que não estejam visivelmente anormais.
Após a cirurgia, o paciente deverá tomar hormônio tireoidiano pelo resto da vida para substituir os hormônios que a tireoide não pode mais produzir.
b. Terapia com iodo radioativo: esse tratamento consiste na ingestão de uma pequena quantidade de iodo radioativo para destruir o tecido tireoidiano não removido pela cirurgia. O iodo radioativo também pode tratar o câncer de tireoide que se espalhou para os nódulos linfáticos e outras partes do corpo.
Tenho de fazer quimioterapia e radioterapia?
A quimioterapia só é indicada para tratar os tumores anaplásicos, mas raramente é curativa. A radioterapia também não é comum no tratamento do câncer de tireoide.
É usada apenas no caso de algumas pessoas que têm câncer avançado e não podem fazer cirurgia, mas podem beneficiar-se de alguma forma da radiação externa.
Como será minha vida com câncer de tireoide?
Sua vida será normal. Dependendo do tipo de câncer e do estadiamento, você ficará curado.
Como será depois da cirurgia para retirada da tireoide?
Após a cirurgia para retirada da tireoide a vida será normal. A pessoa usará levotiroxina diariamente na dose adequada para ter uma vida saudável.
Usará essa medicação todos os dias, pela manhã, meia hora antes do café da manhã. O seu médico acompanhará adequadamente o tratamento.
Buscamos essas informações junto ao Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
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